sábado, 31 de outubro de 2009

Confiança ou a falta dela...


Já não dizia aqui nada há algum tempo. Tenho andado ocupado e também não tive nenhum assunto que me suscitasse maior interesse em comentar. Porém, esta semana li um artigo de jornal que dizia que Francisco Franco, ditador espanhol entre 1939 e 1975, planeou uma invasão a Portugal.


A notícia abordava os temas discutidos na conferência "A Península Ibérica na Segunda Guerra Mundial - Os planos de invasão e defesa de Portugal", do Instituto de Defesa Nacional (IDN), que contou com a apresentação do investigador Manuel Ros Agudo.


Ros Agudo foi quem descobriu o documento datado de 1940 que dizia: "Decidi preparar a invasão de Portugal, com o objectivo de ocupar Lisboa e o resto da costa portuguesa." Era o Plano de Campanha n.o 1 (34), um documento com a classificação de ultra-secreto.


Relembre-se que um ano antes, 1939, Portugal e Espanha assinaram um Pacto de Amizade e Não-Agressão. Salazar e todo o país estavam descansados da vida.


De acordo com os dados da altura, se a Espanha tivesse atacado o nosso país teríamos sucumbido. Não tinhamos um plano de defesa preparado para um ataque dessa envergadura e os nossos aliados ingleses estavam mais preocupados com a Guerra, a segunda a nível mundial em pouco mais de 20 anos.


E porque razão não nos atacaram? Porque Franco temia que algum outro país viesse em nosso auxílio e não ter armamento suficiente para os derrotar. O ditador espanhol pediu, portanto, ajuda a Hitler e a Mussolini, justificando a invasão como a tentativa de "remediar um erro", acreditando era necessário recuperar o poder do território "perdido em 1640".


Valeu-nos o facto de Hitler não ter mostrado confiança na viabilidade do plano.


Parece que afinal Hitler fez algo de bom na vida. É verdade que por sua culpa morreram milhões durante o holocausto, mas se muitos de nós estamos hoje vivos, feliz ou infelizmente, deve-mo-lo também ao tirano alemão. Traídos pelo amigo e salvos pelo inimigo.


Talvez muitos pensem "Ah, mas eu preferia ser espanhol do que português, pois somos mais pobres...".


Mas deixem que vos diga que o patriotismo deve ser mantido. Devemos orgulhar-nos da nossa Pátria, do nosso País, da nossa História! É preferível ser livre e pobre do que rico e subjugado!


A Espanha, que queria dominar o nosso país, não consegue dominar uma região 'sua': o País Basco.


No entanto, nunca se sabe o que vai na cabeças de 'nuestros hermanos' e, pelo que se viu não são de muita confiança, por isso, devemos ter preparado um bom plano de defesa.


E como dizia alguém, "a melhor defesa é o ataque", talvez não fosse, de todo, má ideia criar também uns planos de invasão, criar umas alianças com outros (como País Basco).


Não sugiro uma ofensiva aos 'nossos amigos' mas "cautelas e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém".

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Brincadeiras sem graça e roubos estranhos...

Mais uma vez chego tarde a casa devido ao trabalho. Hoje o atraso deveu-se a uma criança. Criança esta que não conheço, nem tão pouco vive no nosso país. Deixem-me esclarecer.

Por volta das 22h30 a CNN avançou uma notícia de última hora sobre uma criança norte-americana, que se tinha colocado dentro de um balão e viajava sem controlo pelo Estado do Colorado, enquanto no solo uma equipa de socorro, composta por polícia, bombeiros e pelos pais da criança, faziam uma perseguição na tentativa de aterrar o objecto voador para que o menino de seis anos não se magoasse.


Depois de uma perseguição de duas horas, percorridos 64 quilómetros, o objecto caiu numa zona de descampado. Após uma inspecção, verificou-se que a criança não estava no seu interior. Começou a temer-se o pior: o rapaz poderia ter caído durante a viajem. Seria uma queda violenta, pois estava a vários metros do chão, a qual poderia ferí-lo gravemente ou até mesmo provocar a sua morte.


Escrevemos a notícia e ficou-se à espera do desenrolar do acontecimento, dos resultados das buscas.


Já depois da meia-noite, soube-se que encontraram a criança escondida dentro de uma caixa na garagem de casa. O que se passou foi o seguinte: o pai de Falcon (criança do balão), Richard Heene, é cientista e perseguidor de tempestades e, por esse motivo, fabricou o balão com o objetivo de monitorizar as condições meteorológicas. Este objecto ficava preso no quinta com cordas. O mesmo quintal onde brincam os seus três filhos. O mais velho dos irmãos alertou os pais para o facto de ter visto o irmão mais novo a entrar no balão e voar para longe, despoletando toda uma missão de socorro.


Tudo não passou de uma 'partida' das crianças que me levou a ter que modificar a notícia que tínhamos já publicado, numa altura em que estava cheio de trabalho devido ao fecho do jornal e ninguém mais se encontrava lá já.


Outro caso que merece ser destacado do dia de hoje também é um assalto de uma loja em Lisboa. Até aqui nada de estranho, pois é algo que, infelizmente, ocorre todos os dias na capital do país. O factor bizarro neste caso é o facto de a loja vender extensões de cabelo!?


Cerca de uma dezena de assaltantes decidiu levar as extensões que se encontravam na montra de uma das lojas no centro comercial Imaviz, num total avaliado em cinco mil euros.


Resta saber se foi um roubo por diversão ou se realmente existe um mercado negro de extensões de cabelo em crescimento.


Mas tudo isto faz com que nada pareça estar a salvo! Seja dinheiro, tabaco, bebidas ou extensões de cabelo, tudo serve para furtar. Pergunto-me o que se seguirá? Mais bizarro que isto só se começarem a assaltar bancos de esperma!

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Lá vamos nós ao playoff...



E não é que a Selecção Nacional se apurou para o PLAYOFF??? É verdade... E é também uma vergonha! Desde 1998, altura em que falhámos o apuramento directo para o Mundial de França, que não íamos aos playoffs.


Jogaram bem contra Malta e marcaram quatro golos. Mas congratularmos-nos por isso é que não! Selecções destas comíamos nós dantes ao pequeno-almoço! Nem parece a Selecção que ficou em quarto lugar no último Mundial!


Por vezes parecem uns coxos que nem sabem o que andam ali a fazer no rectângulo verde.


Mas algo em que tenho reparado e, certamente, não devo ter sido o único: quando o Cristiano Ronaldo não joga parece que a equipa tem uma pequena (pequenina mesmo) vontade de vencer os jogos. Porque será? Má controlo por parte do actual do capitão? Ou será que a equipa quer mostrar que não precisa de Ronaldo para nada?


Até compreendo que quando ele joga exista alguma pressão, pois ele recebe mais atenção por parte da defesa adversária, mas isso deixaria o resto da equipa mais à solta.


Ou são todos instruídos no balneário para jogarem sempre abaixo do "menino de ouro" de Queiroz ou algo de estranho se passa...


Quem merece parabéns é Simão (nos últimos jogos tem sido o timoneiro da equipa e tem mostrado garra) e Nani, que neste encontro mostrou que tem qualidades suficientes para dar conta do recado na frente portuguesa.


Se continuarem a jogar como nos últimos dois jogos até aceito que passem, mas se for para jogarem mal e serem apurados para o Mundial mais vale ficarem em casa! Evitamos ter que pagar deslocações para o continente africano para irem fazer má figura. Se é para perder, mais vale ser já, que nem há prémios de jogo para ninguém.


Vamos então esperar pelos dias 14 e 18 de Novembro para ver como se safam... Até pode ser que me surpreendam mas duvido muito...

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Santa ignorância

Hoje foi, novamente, dia de fazer o fecho do jornal... Já começo a perceber bem o sistema e a ser rápido nesta tarefa.
Tinha tudo preparado para sair por volta das 3h00/3h30, não fosse o facto de olhar para os comentários às notícias e ter 950 para ver e aceitar ou recusar (quando são ofensivos).

Por norma, quando termino com a edição, tenho 300 comentários. Então qual a razão deste elevado número hoje? A explicação passa pelo vídeo da passagem da actriz brasileira Maitê Proença pelo nosso país, em 2007, que foi hoje divulgado na internet.


Ao longo de cinco minutos, Maitê tenta fazer passar os portugueses por burros ou ignorantes! No início começa por dizer "Estamos em Sintra, uma vilazinha perto de Lisboa, e para provar que estamos em Portugal olha só que beleza", e nesse momento o repórter de imagem foca a câmara num número "3" de uma porta, que está ao contrário! Isto foi o mesmo que dizer "este povo é tão atrasado quem nem sabe colocar um número de porta de forma correcta!"

A 'viagem' continua, e de Sintra passa pelo Mosteiro dos Jerónimos. Em frente deste edifício a actriz diz o seguinte "Ali em frente temos o mar." Pois bem, o local para onde ela aponta é nada mais, nada menos, que o RIO TEJO! Poucos segundos depois tenta corrigir a gaffe: "Ah, é o Tejo, então é o rio e não o mar e aqui em Portugal os rios também dão para o mar... Aqui em Portugal também é assim, o rio dá para o mar..." Uma descoberta fantástica da actriz, não fosse isso algo idêntico em todo o Mundo. (Primeiro comprovativo de quem é realmente ignorante...)

Após isto aponta novamente para a zona do rio e diz "atrás desses pinheiros está um monumento aos navegantes que foi feito pelo Salazar, que foi um ditador aqui durante... mais de 20 anos."


As árvores para as quais ela aponta parecem-me ser o que se denomina de cipreste. realmente o Padrão dos Descobrimentos foi mandado construir pelo regime Salazarista em 1940, regime este que durou, se não me engano, entre 1932 e 1968, ano da subida de Marcello Caetano ao poder. Ora entre 32 a 68, são 37 anos (contando com o ano inicial, que também foi governado por Salazar). Significa então que o 'palpite' atirado ao ar por Maitê está errado, quase pelo dobro dos anos. Devia ter estudado um pouco mais de história antes de falar...

Após tudo isto, a actriz decide então contar uma história que ela viveu:

"Tenho tido problemas de internet em Portugal, então liguei para a portaria do hotel, 5 estrelas, para pedir um técnico de informática. Responderam que nesse dia não tinham nenhum informático disponível, apenas o técnico do hotel. O rapaz não sabia nada de computadores e olhava para o meu 'mouse' como se fosse uma 'capivara' (maior roedor do mundo). Eu perguntei-lhe se ele não sabia o que estava a fazer, e ele respondeu que não. Então ele chamou o colega. Sabe quem era o colega? O porteiro. E claro que não resolveram nada. Nós dizemos que os portugueses são meio esquisitos e... é assim mesmo".

Com este discurso, mais uma vez tenta passar a imagem de que nós somos uns ignorantes. Pois é... Somos tão ignorantes que quando chegámos ao país deles tivemos que os ensinar a ser um pouco civilizados, algo que muitos ainda não sabem o que é. Se não fosse por nós, a esta hora ainda andavam lá com uma tanga feita de folhas das árvores, fazendo grunhidos e sem os computadores que ela diz que não sabemos arranjar.

Critica tudo no nosso país, quando ao lado da porta dele existem milhares de barracas em favelas, a criminalidade tem um indíce dos mais elevados do mundo e, referindo mas não generalizando, que os membros do seu país em Portugal não têm a melhor fama, pois são commumente associados à prostituição e a crimes. Volto a referir que não generalizo esta ideia, mas que esta é partilhada por muitos.

O vídeo termina com Maitê Proença imitando uma estátua de fonte do Mosteiro dos Jerónimos, cuspindo para dentro da mesma! Já no estúdio do seu programa onde foi transmitido o vídeo ri desalmadamente com as suas amigas de toda a situação.

Mau gosto da actriz. Gozar com o nosso país, vá lá que até passe, agora cuspir no nosso património acho que é algo estúpido e vergonhoso.

No estúdio uma das amigas da actriz diz o seguinte: "Enquanto Maitê esteve em Portugal recebemos um e-mail que ela escreveu e dizia 'Não estou conseguindo enviar e-mails de Portugal'".

De tudo isto, resta-me citar as palavras de um outro brasileiro, "E o burro sou eu? E o ruim sou eu...?"

Esta tentativa de satirizar os portugueses revelou, realmente, a ignorância. Não a nossa, mas sim a da própria Maitê Proença.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

A mania dos espanhóis quererem mandar!


Pois bem, hoje vou falar um pouco do Cristiano Ronaldo ou CR9, como teimam em chamar-lhe, fazendo publicidade à descarada à marca das suas lojas!


Como é óbvio não vou falar bem dele. Muitos podem pensar: "Mas porquê? Se é o melhor do Mundo...". Para mim não o é. Messi é melhor! E não venham dizer que não sou patriota, que não apoio os portugueses e apoio o argentino... Apenas tenho uma ideia formada de que Messi, além de jogar bem, pensar bem nas jogadas e tudo o mais, é um jogador 'humilde', contrariamente ao Ronaldo que teima em "dizer" que é o melhor.


Mas não vou discutir qual é o melhor, porque não foi por isso que comecei este post. Vou antes falar de toda a polémica que se gerou em torno da sua lesão e dos obstáculos que o Real Madrid tem colocado desde que este entrou para a equipa 'merengue'.


O Ronaldo lesionou-se, ao minuto 26, no jogo frente à Hungria e terá que parar durante cerca de três semanas. Problema gigantesco para o Real que não tem nenhum jogador bom na equipa... Até porque nem gastaram uns 300 milhões agora no mercado de Verão...


Verdade seja dita, Portugal não precisou do CR para vencer a Hungria (embora tenha recorrido aos brasileiros para ajudar, mas isso é outro tema). Simão marcou, Simão bisou! Mostrou que merece ser sempre titular e o verdadeiro capitão da selecção!

Mas voltando ao Cristiano e ao Real Madrid.

Ele ressentiu-se da antiga lesão que sofreu em Julho. Desde essa altura pouco tem jogado pela Selecção de Portugal, afirmando que tem constipações e tangas do género! Ora se ele está em más condições, a culpa também a terá o próprio Real ou não? Têm-no esforçado em terras de Espanha!

"Não existia qualquer risco. Estava apto para jogar", defende o médico da Selecção, Henrique Jones.

Se os espanhóis dizem que vão pedir explicações ao médico português que o autorizou deixá-los vir, não há que ter medo nenhum! Já noutros tempos os vizinhos tentaram vir cá chatear-nos e, mesmo sendo sete espanhóis para cada português na altura, demos conta deles!

Agora deixem que diga que o CR é um cãozinho! Só faz o que a direcção do clube espanhol o manda fazer, sem abrir a boquinha...

Basta ver as notícias de hoje: " O Real Madrid não autoriza o Cristiano Ronaldo a ir até Guimarães para assitir ao encontro entre Portugal e Malta. O CR9 tinha intenção de regressar a Portugar para ver a sua equipa a jogar"

Não o deixam assistir ao jogo? Porquê? Ou estão com medo que o avião caia ou então que ele leve com uma bola rematada por um dos Malteses que lhe acabe com a carantonha, não permitindo que grave mais anúncios publicitários!

Estes espanhóis estão a querer arranjar confusões... Se não querem que o CR jogue na Selecção e ele, feito mariquinhas, não quiser representar o país, mais vale fazer uma declaração pública a abandonar a Selecção e, de preferência, Portugal!

Não queremos lá meninas na Selecção!

Se é para jogar, há que sentir a camisola do país e não apenas a do clube em que está. Pois embora se goste ou não, por enqunato, antes de ser jogador do Real Madrid é PORTUGUÊS, quer venham de lá o Florentino Pérez, o Pellegrini ou o Valdano!

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

O dia das eleições...



Mais uma noite complicada, cheia de stress e complicações... Foi a primeira vez que vi a redacção completamente cheia de pessoal às 2h da matina.


Mas, praticamente, correu tudo como estávamos à espera. Entre as excepções, um dos destaques tem que ir para a Câmara de Felgueiras. Parece que os felgueirenses "abriram" os olhinhos e deixaram de permitir que lhes colocassem a "mão no bolso". É verdade, Fátima Felgueiras não foi reeleita. A mulher que criou o famoso 'Saco Azul' não foi a escolhida para dirigir a autarquia nos próximos quatro anos.


Também já chegava de burrice, no meu ponto de vista. Então a mulher em 2003 foge para o Rio de Janeiro acusada corrupção e desvio de capitais para financiar o PS, volta em 2005 e vence as eleições??!!


Culpas também para a Justiça do país, que só atribui a sentença em 2008, e mesmo assim foi apenas perda de mandato e três anos e três meses de pena SUSPENSA!


Pelo menos os de Felgueiras já perceberam que se há desvio de capitais, eles não são, certamente, empregues na autarquia, para servir o povo.


Contrariamente a estes, os habitantes de Oeiras, ainda precisam de ser "roubados" um pouco mais. Isaltino Morais foi reeleito. Condenado no início de Agosto de 2009, a sete anos de prisão EFECTIVA (desta vez parece que também a Justiça aprendeu algo) e perda de mandato, pelos crimes de fraude fiscal, abuso de poder, corrupção passiva para acto ilícito e branqueamento de capitais (os crimes dos ricos), apresentou recurso e aguarda em liberdade.


Ah, mas esqueci-me que ele é membro da Maçonaria portuguesa. Será que isso também pesou na eleição?


Tudo bem que tornou o concelho num dos mais desenvolvidos e ricos da Península Ibérica, mas também meteu muito ao bolso dele!!! Só porque fez algumas coisas certas pode fazer tudo o que quiser ilegalmente?


Parece que sim, ou então não obtinha 41,52% dos votos. Resta saber quanto tempo do mandato vai cumprir caso não se safe no recurso. A não ser, claro, que desvie já mais alguns "cobres" da Câmara para subornar a Justiça...


Mais lamentável que estes dois casos é o sucedido em Mondim de Basto, em que António Cunha, candidato do PS à Junta de Freguesia de Ermelo, por saber que iria perder novamente as eleições para Glória Nunes, por volta das 7h30, entrou na escola de Fervença, onde estava uma mesa de voto, e com um tiro na cabeça matou Maximino Clemente, marido da candidata do PSD.


Ora pois isto é assim: "ou ganho as eleições ou mato familiares de quem ganha!"


Epá, tudo bem que há localidades em que já vai sendo hora de mudar o seu Governo, mas a tiros de caçadeira é difícil, pois se numa região estiverem 10 mil pessoas e seis mil votarem na oposição, então teriam que se gastar seis mil cartuxos de carabina!!! Para além de um martírio/genocídio, temos que ver que o país está em crise e não se pode andar a gastar balas à maluca! Senão, lá se vai a economia portuguesa por água abaixo, ao importar mais cartuxos do estrangeiro!


Ao que isto chegou... Só esperamos também que, se daqui a quatro anos, Sócrates, caso perca as eleições, não comece a disparar a torto e a direito pelo país...

sábado, 10 de outubro de 2009

Algo novo ou mais do mesmo?

Mais uma vez já passa das cinco da manhã. Mais precisamente são 5h33. Ainda estou no jornal. Mas, ao contrário de ontem, não foi por culpa do software (a propósito do assunto, falámos com os técnicos e voltaram a colocar as coisas como estavam antes de lhes mexerem).
A razão da minha permanência no local de trabalho hoje é diferente. Estou apenas a fazer tempo para poder ir apanhar um autocarro para regressar à minha terra afim de poder votar.
Pois é. Estamos novamente em tempo de eleições. Ainda há duas semanas fui votar (embora o voto não tenha feito qualquer alteração na constituição do Governo ou da Assembleia) e já vou ter que ir novamente colocar uma cruz no papel.
Desta vez, porém, os votos para as autárquicas da minha zona vão certamenter mudar o Governo (quase Ditadura, pois é a mesma há 30 anos). Mais não seja porque o presidente actual não se pode recandidatar (ao fim de seis mandatos já é altura de se reformar!).
Vamos ter novo presidente! Mas para variar, o partido vencedor será o mesmo: o PS. Isto porque o candidato com mais probabilidades de vencer é o actual vice-presidente. A oposição é quase inexistente em Reguengos de Monsaraz.
Sinceramente não me apetece votar em nenhum dos candidatos, pois PS já conheço desde sempre na localidade, e pouco tem feito directamente na minha aldeia natal (apenas fazem algo em altura de eleições... porque será?) e os outros... bem, um não o conheço e o outro, director de uma das escolas que frequentei, não sei bem se teria estatuto suficiente para se aguentar no cargo.
Então o que escolher? Votar em branco não pode ser opção. Vou tentar decidir até estar em frente às urnas de votação.
De qualquer forma, vote onde votar, resta-me depois esperar para ver se o presidente eleito trará algo de novo ou mais do mesmo...

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

A incompetência...


Neste momento são 5h53 da manhã. Cheguei a casa há menos de 20 minutos. Para todos os que estão já a pensar que estive na borga, desenganem-se. Estive a trabalhar até agora.


Hoje entrei para o jornal no turno da noite, ou seja, desde das 18h00 que lá estive. E a razão que lá me fez estar até agora foi um estúpido software de computador.


Nós utilizamos um programa que ainda apresenta algumas falhas que estamos a tentar corrigir juntamente com a empresa que o desenvolveu, então, durante o tempo que estive de folga (e que aproveitei para finalizar e entregar o relatório de estágio), os técnicos da empresa estiveram a fazer alterações. O problema é que, além de não corrigirem as falhas que lhes indicámos, ainda conseguiram criar mais algumas!


Normalmente saio às 3h00 ou 3h30 (quando comecei era entre as 5h30 e as 6h00, mas a prática acelerou o processo).


O que tenho q fazer quando entro a esta hora é colocar a versão impressa do jornal para a plataforma online. Não é um trabalho difícil, mas é moroso e um pouco aborrecido, pois só lá fico eu, e toda a redacção vai para casa dormir.


Hoje atrasou-se um pouco a edição, mas tinha tudo controlado para sair por volta das 4h00, não fosse o estúpido programa começar a dar erros e bloquear!


Resumindo, tive que utilizar outro método, ainda mais lento, para me desenvencilhar da situação ou a ainda lá estava. Demorei mais uma hora e meia!


Só me apetecia partir o computador!


Mas se as pessoas não sabem resolver os problemas para que mexem nas coisas?


Mal por mal ficava como estava, pois já sabíamos contornar os problemas que existiam. Agora temos que encontrar novas soluções a três dias das eleições autárquicas, dia em que não podemos cometer falhas e temos que ser os mais rápidos para bater a concorrência.


É mesmo à portuga: "Não sei resolver mas vou modificar o que já existe. Se fizer asneiras os outros é que se lixam..."

É a incompetência que se vive actualmente no mundo, aliada com alguma estupidez das pessoas que pensam que sabem mexer onde não devem...

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Praxe morreu em Portalegre


Ontem voltei a Portalegre. Fui lá para entregar o meu relatório de estágio e fiquei desiludido com o que me deparei: o conceito de praxe académica está, praticamente, extinto.




Os “meus” antigos caloiros estão-se a “borrifar” para o que os seus novos colegas fazem ou não.
Sinto, portanto, que eles falharam com as suas funções/obrigações e, consequentemente, que nós também falhámos, por não lhes termos dado as indicações e o exemplo necessários.

Senti saudades do tempo em que Barradinhas, Lavaredas, Esteves, Relvas, e muitos outros, estavam lá para ajudar na integração e não apenas para humilhar caloiros, com as suas brincadeiras e com a sua mente extremamente imaginativa que colocava todos a rir da situação.

Agora está tudo diferente. Dos poucos “veteranos” de JC que estavam na praça a participar nas actividades de praxe, muitos estavam lá com segundas intenções: “CAÇAR AFILHADOS!”. Uma prática repulsiva. Os caloiros são constantemente influenciados para escolher este ou aquele aluno para seu padrinho académico. Recordo-me dos meus primeiros dois anos na ESE perfeitamente…

Enquanto caloiro escolhi o meu padrinho Lavaredas porque me identificava um pouco com ele, no modo de encarar a vida com humor, tornando-a melhor para si própria mas também para todos os que o rodeavam. Foi por isso que o escolhi, porque queria ajudar outros como ele, fazendo-os rir, animando-os quando necessário… Ninguém me impulsionou a escolhê-lo. Fi-lo de livre e espontânea vontade. Já a minha madrinha, Mária, foi escolhida porque era simpática, embora pouco faladora com quem não conhecia bem, mas aplicava-se naquilo que acreditava, “safando-se” lindamente no curso.

No segundo ano fui dos poucos do meu curso que acompanhou os caloiros todos os dias da praxe, ajudando-os e brincando com eles. Lembro-me de ter ficado desiludido por, depois de tudo isto, não ter sido escolhido por nenhum deles para ser padrinho. Até que, após uma ocorrência mais triste e até algo pitoresca de um colega, uma caloira me pediu para ser seu padrinho. “Podes ser meu padrinho também? Já convidei o André, mas tu é que me ajudaste agora que eu precisava de ajuda…”. Oficialmente foi ele quem ficou como padrinho, pois ela não podia ter dois, mas não-oficialmente somos os dois padrinhos dela.

Já no terceiro ano, fui padrinho de mais três pessoas. Nenhum foi escolhido por mim, foram eles quem vieram falar comigo primeiro.

Qualquer um dos casos acima referidos mostra como as coisas devem ser feitas. Não é chegar ao pé de 10 caloiros e começar a corrê-los a perguntar “Quem quer ser meu afilhado”. Claro que, como ninguém os tem acompanhado muito e como sentem algum medo de pessoal “vestido de negro”, muitos são os que aceitam logo.

Isto é algo que deve ser corrigido com alguma urgência, pois se eles aprendem isto, quando chegar a vez deles serem veteranos vão fazer o mesmo!

Quem o faz devia ter vergonha na cara, pois pelo que me lembro dessas pessoas, não foram nada de especial no seu primeiro ano. Foram maus caloiros e agora são maus… maus não, são péssimos veteranos.


Outro caso deplorável com que me deparei foi o facto de a comissão de praxe (que sempre foi uma grande merda naquela escola) estar pior. Os membros mais antigos são os mesmos que eram, continuando a “nova regra” da comissão, em que para pertencer tem que chumbar o ano. “Queremos cá estar quando acabarem a construção do S. Mamede Shopping” deve ser o seu actual lema!


Mas reparei que não conseguiram arranjar mais membros com três matrículas que tivessem nível de burrice/estupidez semelhante à deles. Então criaram um novo cargo: “Ajudante da Comissão”. Basicamente são alunos de segundo ano, que desempenham os cargos de paus-mandados da comissão, mas têm quase a mesma autoridade que eles. Isto é, claramente, uma violação ao próprio código que a comissão entrega, no qual proíbe alunos com menos de três matrículas a praxar, sem ser pintar a cara ou mandar cantar!


Acabei o meu curso e, por isso, durante dois anos poderei lá voltar para praxar. Desta vez não levei o traje e usei emprestado o do meu colega André. Não que precisasse de traje, pois é como se já tivesse quatro matrículas, podendo praxar sem traje, mas apeteceu-me sentir novamente com o traje vestido, em memória dos velhos tempos. Durante a subida à Penha, vi um dos membros da comissão pedir a um dos seus paus-mandados ajudantes que viesse falar comigo para que despisse o traje que não era meu. Vi o parvinho subir os degraus que nos separavam e parar frente a mim.


“Pode abrir o capote se faz favor?”, perguntou-me.


Resposta: “Então mas eu conheço-te de algum lado?”. Por acaso até conheço, porque foi caloiro e eu praxei-o, mas pelos vistos ele não me conheceu.


“Pode abrir o capote se faz favor”, repetiu-me.

“Se queres saber se tenho o traje vestido por baixo, digo já que não tenho. Mas também te digo que não preciso dele para praxar. Devias ter cuidado, porque acabei o curso este ano, e foste meu caloiro. Tens que respeitar as matrículas”, disse-lhe, enquanto despia o capote, acrescentando “Mas não te preocupes que não o volto a vestir. Embora continue a praxar os que me passarem aqui, já que vocês nem isso sabem fazer.


“Se o capote não é seu não o pode ter vestido, pode segurá-lo se quiser”.


Neste momento tive vontade de o esmurrar e, só não o fiz para não perder a razão. Vi que ele não tomara atenção ao que eu lhe dissera e que não devia ter despido o capote, só para ver se mandavam um “superior hierárquico” falar comigo.

Quando um dos da comissão merecer praxar mais do que eu ou dos que entraram comigo, avisem, pois fomos praxados pelos melhores, e sabemos fazer as coisas, facilitando a vida aos caloiros!


Detesto que tenham medo de me enfrentar e mandem subalternos fazer o trabalho dos que realmente o devem fazer! Se querem dizer algo digam directamente! Se quando eu estava no terceiro ano o “General” (que continua o mesmo e igualmente parvo) veio pedir-me para orientar as praxes do nosso curso mesmo sem estar trajado, o que muda agora?


Para finalizar a noite, dois veteranos do meu curso começaram a discutir vivamente em frente aos caloiros! A discussão deveu-se ao facto de uma rapariga estar a fazer perguntas obscenas aos caloiros, tornando a situação demasiado porca e humilhante. Dou razão ao veterano que a repreendeu, mas não foi o local ideal para o fazer! Os caloiros não devem assistir a cenas destas, pois dão o mau exemplo.


Deixo aqui a minha indignação do que vi e ouvi nas minhas (poucas) horas em Portalegre. Um regresso marcado pela tristeza, pela indignação e pela saudade dos tempos em que os meus colegas e eu estávamos juntos e éramos “comandados” por quem sabia!


Posso apenas concluir que o conceito de Praxe em Portalegre está morto, ou então, que o pouco que resta dele está a desaparecer rapidamente!