domingo, 30 de maio de 2010

A outra faceta de Miley Cyrus

Miley Cyrus surpreendeu tudo e todos esta noite. A cantora/ actriz já antes afirmara que queria terminar o capítulo da sua vida chamado 'Hannah Montana' e, pela sua actuação no Parque da Bela Vista, parece estar determinada para que essa página vire rapidamente.

Centenas, senão milhares, de crianças arrastaram os pais para ver a adolescente que habitualmente marca presença no Disney Channel e ao fim-de-semana na TVI. No entanto, não foi Hannah Montana que viram subir ao palco. Certamente muitos dos pequenos devem ter mesmo perguntado aos seus progenitores quem era a pessoa que subia ao Palco Mundo do Rock in Rio no lugar da sua cantora/actriz preferida. De roupas bem justas, ar arrojado e com bastantes partes do seu corpo à vista (de tal forma que se conseguia perceber que sentia em demasia a aragem que se fazia sentir na noite lisboeta), Miley destoava em absoluto da inocente Hannah Montana.

A cantora fazia lembrar uma outra artista que passou pelo mesmo palco há uma semana atrás: Shakira. Ao entrar em palco, a jovem norte-americana efectuou mesmo uma série de 'movimentos peitorais' que são mais frequentes na cantora colombiana, a qual, refira-se, tem quase idade para ser mãe desta actriz da Disney.

E se muitos tencionavam identificar Miley pelas suas canções (já que pela apresentação podia ser difícil), a tarefa também se tornava árdua, visto que muitos temas ainda não eram conhecidos por apenas integrarem o novo álbum, a lançar a 22 de Junho.

A meio da sua actuação, a jovem trocou a sua indumentária: vestiu-se da cintura para baixo e quase se despiu da cintura para cima, contrariando a sua primeira aparição. E aqui pode colocar-se a questão: e no caso de ela voltar a mudar de roupa, o que seria tapado e destapado? Isso terá mesmo que ficar para uma outra altura.

Outra particularidade durante o espectáculo refere-se a um elemento da banda e não à cantora. Um dos membros tocava algo que se assemelhava a uma tábua de madeira. O jovem efectuava movimentos frenéticos com as mãos, como que a marcar o ritmo. A parte estranha é o facto de não ter um microfone ou qualquer outro dispositivo de ampliação de som pelo que, se não era abafado pela voz da cantora, era certamente ultrapassado pelos sons de guitarra e bateria. Mais uma pergunta que pode ficar no ar: que raio estava ele então a fazer em palco?

De resto foi um concerto cheio de energia, marcado por uma Miley energética e com um estilo mais feroz/animalesco, ainda que protagonizado por alguém que ainda nem ultrapassou a barreira dos 18 anos.

As mesmas crianças que tiveram que arrastar os pais para poder assistir ao concerto tiveram que ser certamente as mesmas a convencê-los a abandonar o recinto, tal era a surpresa por verem a jovem que destoava completamente daquilo a que se habituaram a ter que ver na TV. Talvez no próximo concerto não sejam os miúdos a pedir: "Oh pai, quero ir ver a Hannah Montana. Levas-me a ver?", mas sim os graúdos a dizer aos filhos: "Oh filho(a), tens a certeza que não queres ir ver a Miley Cyrus? Ela canta tão bem..."

(ps: Desta vez optou-se por colocar duas imagens, uma da 'Hannah Montana' que todos esperavam e outra da Miley Cyrus que subiu ao palco. Créditos: direitos reservados e Mariline Alves-CM)



domingo, 16 de maio de 2010

Dunga e Queiroz em competição

Muitos foram os que ficaram surpreendidos pelas escolhas de Carlos Queiroz para o Mundial de 2010 na África do Sul. As presenças do guardião Daniel Fernandes e do central Zé Castro foram as maiores surpresas na convocatória, acompanhados pelas ausências de Quim e Moutinho.

Todos falam destes erros mas poucos são os que têm falado sobre os nossos adversários mais directos e dos seus eleitos. Um dia depois de Queiroz apresentar a sua listagem, o Brasil apresentou igualmente os seus escolhidos, também eles com algumas surpresas.

Dunga optou por deixar de fora Alexandre Pato, Ronaldinho e o jovem Neymar (jovem de 18 anos, 3.º na lista de melhores marcadores no campeonato brasileiro).

Mas o que se passa com os seleccionadores? Deixam vários jogadores com potencial de fora e preferem apostar em outros desconhecidos?

As escolhas do seleccionador brasileiro devem ter sido influenciadas por Queiroz. Ao ver que Queiroz chamava alguns que ninguém ouvira alguma vez falar terá pensado: "Isto já era tão fácil, agora nem vão dar luta! Vamos dificultar um pouco as coisas... Se não levar o Ronaldinho, o Pato e o outro miúdo pode ser que eles percam por menos que 5-0".

E assim se criou uma competição entre Dunga e Queiroz, a ver qual dos dois consegue surpreender mais os seus adeptos. Até agora Queiroz segue na frente, pois o Brasil por piores escolhas que faça é difícil ter uma equipa muito má.

Mas Dunga pode ainda dar a volta, se colocar o Robinho na baliza, o Luisão a avançado e jogar num esquema de 2x4x5 ou algo do género.

Quem se fica a rir, pelo menos para já é a Costa do Marfim comandada por Eriksson, que pode surpreender tudo e todos no Mundial.

Vamos esperar para ver. Sinceramente não estou muito confiante na passagem da "nossa" (de Queiroz) Selecção. Ainda não estou esquecido do facto de terem sido apurados depois de jogarem o play-off. Uma equipa que há quatro anos ficou na quarta posição mundial, desta vez necessitou de ir aos play-off's para poder participar.

terça-feira, 11 de maio de 2010

O nascimento de um novo desporto

Alguém me pode dizer quando é que chorar em funerais se tornou um desporto? É que eu perdi esse momento mas, ao que parece, a Aquarius estava com atenção!

E digo isto porquê? Porque quando ia a sair do jornal deparo-me com um mupi que apresentava a nova publicidade desta marca de água pertencente à companhia da Coca-Cola. Ora o texto do anúncio apresentava uma mulher envergando apenas roupas pretas, com um oráculo por baixo a dizer: "A minha profissão é chorar nos funerais. Por isso, hidrato-me todos os dias com Aquarius" (Fernanda, Carpideira Profissional).

Por vezes, até posso não saber algumas coisas, mas tinha uma ligeira ideia de que esta bebida estava ligada a desportos. Claro está que assim que cheguei a casa fui confirmar esta informação. De acordo com a publicação 'Meios e Publicidade': "Em 1992 a Coca-Cola criou a Aquarius associada ao desporto, ligação em muito favorecida pelo facto da bebida ter sido patrocinadora oficial dos Jogos Olímpicos de Barcelona."

Esta bebida, em 18 anos, passou de patrocinadora de Jogos Olímpicos para funerais! Mas como é que ninguém ainda se tinha lembrado de patrocinar funerais? É um mercado 'quase virgem' e em franca ascensão! E a Aquarius viu a oportunidade e ocupou o seu lugar! Sendo uma bebida desportiva, tudo indica que a 'crepideirice'(penso que a palavra não existe, mas para mim significa o desempenho da profissão de crepideira)se tornou um desporto oficial com patrocinador de renome internacional.

Temos a Gatorade que patrocina diversos clubes de futebol (Botafogo ,Flamengo, São Paulo Futebol Clube, Palmeiras ou Grémio) e atletas de alta competição (Usain Bolt, Serena Williams ou Michael Jordan); temos a Powerade, que acompanha The Football League e a Nascar. E depois vem a Aquarius, a patrocinar as senhoras que vão chorar em funerais!

Será que daqui a uns anos também vão concorrer para que esta profissão se torne um desporto olímpico? Se se apressarem ainda pode estrear-se com o Rugby e o Golfe nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016.

Eu por vezes até tenho algum humor negro mas desta vez não percebi bem qual foi a ideia de associar uma bebida energética a funerais! Será que faltou imaginação aos designers da campanha ou foi mesmo imaginação (delírio) a mais?

De qualquer forma aqui fica a imagem que é apresentada em centenas de mupis de Lisboa e também o anúncio que já vi em alguns canais de televisão.