terça-feira, 16 de agosto de 2011

Situações (algo) constrangedoras

Há coisas que as pessoas devem evitar fazer em público. Mas há quem não tenha a mesma opinião, passando depois por momentos constrangedores. E estou a dizer isto devido a duas situações a que assisti - uma no domingo e outra segunda-feira - quando estava a caminho do jornal. 

A primeira, estava eu numa paragem perto de casa à espera do autocarro, quando começo a ouvir vozes mais altas. Ora, estando em Lisboa, não é de todo mau estar com a máxima atenção a tudo o que nos envolve, já que mais não seja para evitar algum furto...

Mas não era nada de muito preocupante. Eram apenas duas jovens que dialogavam. Nada de mal até aqui, não fosse o facto de uma delas ter um dedo metido no nariz. Não apenas a pontinha do dedo, mas todo ele: falange, falanginha e falangeta do indicador, rodando energicamente. Certamente que chegava à laringe, tal a profundidade alcançada. Como se não bastasse, a certa altura lá tira uma mucosidade nasal, revira-a entre os dedos e mostra à amiga. A resposta da outra poderia ter sido: "Iac, que nojo!", mas não... Preferiu antes dizer "Eia, que macacão!". Não de repulsa, mas de espanto. Ora, quem na paragem ainda não tinha reparado na falta de higiene da moça que retirava os ditos macacos do nariz, ouvir o grito da amiga certamente chamou a atenção... Sinceramente, não vi onde ela limpou o "macacão", mas espero que tenha sido num lenço... Ou talvez o tenha oferecido à amiga que ficou tão admirada com a sua 'descoberta nasal'. Desde que não o tenha atirado para o ar (podendo acertar noutro passageiro), já me dou por satisfeito.

O segundo caso, o que assisti na segunda-feira, foi junto ao edifício do 'Record'. Umas portas ao lado do jornal existe um café. Seguia eu com os fones do Ipod nos ouvidos, quando um casal, com os seus 26/27 anos, saiu do café, mesmo à minha frente.

Um domingo de Agosto em Lisboa, contrariamente ao que muitos pensam, é bastante calmo: pouco trânsito, por vezes sem ver ninguém nas ruas... Talvez por isso mesmo o casal não tenha dado atenção a estar mais alguém na rua quando saiu do edifício.

A certa altura, a jovem, que vestia umas calças justas (algodão ou licra) diz para o namorado: "Opá, estas cuecas estão sempre a enfiar-se onde não devem". Ao que o parceiro não vai de modas: manda a mão ao rabo da namorada, afasta-lhe as nádegas e puxa a dita cueca do interior do rego. Ora nem mais, como se estivessem sozinhos em casa. "Está melhor?", perguntou-lhe, ao que ela respondeu apenas com um sorriso. Mas ficaram um pouco 'encavacados' quando finalmente perceberam que alguém tinha assistido a toda a cena, quando lhes passei ao lado.

Esquecem-se de algo: hoje em dia está sempre alguém a ver tudo... É a geração do 'Big Brother' (o conceito, não o programa de televisão).