Neste momento, em que o país ainda vive em crise, a preocupação do Governo caiu em algo que se desvia das principais preocupações dos portugueses. Temos uma pandemia a percorrer, não só País mas todo o Mundo; os protestos no sector da Educação são cada vez mais; o desemprego aumenta de dia para dia; inúmeros casos de Justiça pendentes, uns mais recentes outros mais antigos (Casa Pia, Freeport, etc..); o Orçamento de Estado para 2010 ainda não foi aprovado e, no entanto, a urgência foi para os casamentos entre homossexuais.
Muitos, a favor desta lei, podem encarar este post como homofóbico, mas eu não estou a tomar partido pró ou contra a lei, mas sim a constatar que este não foi o momento mais oportuno para tratar do assunto.
Vejamos os factos através de duas simples perguntas:
- Quantos portugueses são afectados pela aprovação da lei a favor dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo?
- Quantos portugueses são afectados pela aprovação do Orçamento de Estado para 2010?
Em resposta à primeira questão: alguns milhares. Em resposta à segunda: alguns milhões, incluindo todos os que estão inseridos na primeira questão!
É impensável o facto de estarmos no final de 2009 sem que exista um Orçamento estruturado para o próximo ano. E o pensamento dos ministros foi para os casamentos homossexuais! O que lhes passou pela cabeça? Parece que foi algo feito apenas para chatear um pouco os membros da Oposição e o próprio Presidente da República que, muito bem, se recusa a alongar em comentários a esta aprovação.
Qual será a próxima lei a surgir da 'cartola' do Governo? Provavelmente outra que poderia, certamente, esperar mais alguns meses. No nosso País os gays não são perseguidos. Se o Governo tratasse dos outros assuntos urgentes que estão pendentes e só depois passasse a esta questão, quais seriam os problemas que acresciam aos homossexuais? Estes poderiam sempre viver juntos, ter as suas vidas e esperar pela aprovação da lei, quando chegasse o momento para esta ser debatida.
Para já, esta nova lei não traz nada vital aos portugueses e apenas afasta o Governo das questões vitais à sobrevivência de uma Nação.