sábado, 9 de julho de 2011

Bow down to king Dave!

Chegar aos 64 anos com a mesma energia de um jovem de 20 não é para qualquer um. Mas James Newell Osterberg, ou Iggy Pop como é mais conhecido mundialmente, é uma excepção. Quando faltavam 10 minutos para as 23h00, o cantor norte-americano subiu ao palco principal do Festival Optimus Alive!

Cheio de energia e vitalidade, sempre de tronco nu, cedo conquistou a plateia, já animada com a actuação anterior, dos Xutos e Pontapés, devido ao regresso de Zé Pedro aos concertos, após ter sido submetido a um transplante de fígado.

Apesar da companhia da sua banda, The Stooges, Iggy decidiu que não era o suficiente. “Venham para o palco connosco! Venham, venham…”, dirigiu à plateia, permitindo que sete fãs passassem as barreiras de segurança para dançarem ao seu lado na interpretação de ‘Search and Destroy’.

“Eu gosto muito de todos vocês! E, por isso, vou mostrar-vos o verdadeiro Rock”, prometeu Iggy. Prometeu e cumpriu. Entre ‘Shake Appeal’, ‘Gimme Danger’ e um potente ‘No Fun’, levou os 40 mil festivaleiros que assistiam ao rubro, vendo que um dos ídolos da música Rock ainda tem energia para malabarismos de microfone, saltos e até mesmo para destruir alguns suportes em palco, apesar de já andar nestas andanças há mais de 40 anos.

Em jeito de despedida, não subiu o público ao palco, mas desceu Iggy, cumprimentando efusivamente a multidão, entre acenos e abraços.

Se a noite já estava enérgica, o ritmo não diminuiu. Sete anos depois os Foo Fighters regressaram a Portugal para, ao longo de duas horas e meia, passarem em revista os 16 anos de união da banda.

O início foi marcado pela novidade, ao som de ‘Bridge Burning’, primeiro single do recém-lançado ‘Wasting Light’, seguido de ‘Rope’, também este um tema novo.

“Olá. Como estão? Nós somos os Foo Fighters. É um prazer conhecer-vos! Senhoras e senhores, temos várias músicas preparadas. Vocês querem ouvi-las?”, cumprimentou Dave Grohl. A resposta não se fez esperar, com um ‘sim’ ensurdecedor, levando o vocalista a sorrir. “Então preparem-se, pois esta noite será longa”, comprometeu-se, tendo ao fundo uma bandeira de Portugal personalizada, em que sobre a esfera armilar se podiam ver dois ‘F’, as iniciais do grupo.

Alguns poderão considerar os modos do ex-membro dos Nirvana como grosseiros – entre rotos junto ao microfone ou a sempre presente pastilha elástica a ser mascada de boca aberta -, mas Grohl não pareceu preocupar-se com essas opiniões. Para ele existe apenas o Rock, tendo deixado algumas críticas a outras bandas da actualidade.

“Este nosso novo álbum foi criado na minha garagem, gravado em cassete. Não precisamos de computadores! O Rock and Roll é sobre pessoas e instrumentos, não sobre o raio dos computadores! Lembrem-se disto quando assistirem a concertos”, alertou o vocalista.

Os temas novos foram bem recebidos pelos fãs, mas ‘My Hero’, ‘Learn To Fly’ ou ‘Breakout’ foram dos mais aclamados, não fossem estes temas imagens de marca dos Foo Fighters há muitos anos.

Grohl mostrou-se eléctrico, com um toque da sua típica loucura, com correrias constantes de um lado ao outro do palco, sempre de guitarra a tiracolo, tendo mesmo descido do palco para uma lambidela a uma das câmaras. Mas o baterista Taylor Hawkins não lhe ficou atrás, mostrando-se incansável, tendo mesmo oferecido a baquetas a um público em delírio.

Após sucessos como ‘Monkey Wrench’, ‘Best of You’, ‘Skin and Bones’ e ‘All My Life’ tudo indicava que a actuação estava no final, mas os fãs queriam mais e o grupo também, pelo que depois de saírem voltaram para um encore de três músicas, uma delas com dedicatória a quem assistia: “É um prazer tocar para uma multidão como esta. O próximo tema é para vocês”.Na despedida, o grupo norte-americano deixou ainda a promessa de regressar, ao som de ‘Everlong’. 
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O único dia que esgotou este ano no festival foi o de Coldplay mas, sinceramente, comparado com o concerto de Foo Fighters, não lhe chegou aos calcanhares, apesar de terem utilizado balões, confetis e afins... Dave Grohl, com uma guitarra, um sorriso e aquela grande voz cativou melhor o público, sem precisar de qualquer adereço! Para os Foo, cada concerto é feito como se fosse a coisa mais importante do Mundo e isso verificou-se pela paixão que demonstraram em palco no Alive!

Resta apenas dizer: BOW DOWN TO KING DAVE! (Uma vénia para o Rei Dave!) xD
Ficam dois vídeos para quem não pôde assistir:

'The Pretender'
 

'Times Like These'


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