sábado, 12 de dezembro de 2009

A vacinação

Apenas metade dos portugueses que integram os grupos de risco para a gripe A aceitou ser vacinada, pelo que o Ministério da Saúde tem actualmente um número excedentário de vacinas. O Ministério tem agora que ponderar o que fazer a este excesso de vacinas para combate da pandemia mundial. Esta semana, a ministra da Saúde, Ana Jorge, admitiu que doar as "sobras" a países mais desfavorecidos é uma opção.

A questão que se coloca neste caso é a seguinte: Portugueses que não pertençam a grupos de risco não têm importância?

Tudo bem que se pode considerar esta acção muito generosa mas será que o Governo não devia colocar em primeiro lugar portugueses e só depois os outros países?

Provavelmente, se disponibilizassem a vacina a toda população portuguesa, muitos se iriam recusar a ser vacinados. Mas hipótese de escolha não deve pertencer a cada pessoa em particular?

Não deveriam os órgãos de gestão do País ter em conta as necessidades de quem os elegeu e, que no fundo, fazem com que no final do mês lhes paguem o ordenado?

45 milhões de euros é o custo total das vacinas para Portugal. Se todos os que trabalham e pagam impostos estão, indirectamente, a pagar essa despesa, porque são os outros países colocados à frente?

Talvez seja necessário mais algum tempo de ponderação aos órgãos de soberania portugueses...

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