sábado, 3 de julho de 2010

Queiroz, o resistente... ou talvez não

Otto Rehhagel (Grécia), Raymond Domenech (França), Marcello Lippi (Itália), Javier Aguirre (México), Paul Le Guen (Camarões), Carlos Alberto Parreira (África do Sul) e, mais recente, Carlos Verri, vulgo Dunga (Brasil). Todos eles seleccionadores de futebol (respectivas selecções entre parêntesis) que abandonaram o cargo após as fracas prestações das equipas no Mundial de Futebol a decorrer na África do Sul.


Todos eles admitiram os seus erros. Até mesmo Dunga, que teimava apenas nas suas ideias, tendo deixado fora do Mundial jogadores como Ronaldinho.
O único que parece resistir é mesmo Carlos Queiroz, na Selecção portuguesa. O que o liga à 'equipa das quinas'? Certamente não serão os jogadores, visto que as relações com muitos deles (Ronaldo, Deco, Nani...) estão 'tremidas', por um fio. Também não deverá ser o apoio dos adeptos portugueses, basta ver as reacções da sua chegada a Lisboa (apupos e insultos de dezenas que se juntaram às 5h da manhã de propósito na Portela). Então o que será? Ah, serão os 3,2 milhões de euros que a FPF lhe tem que pagar caso o despeça? Provavelmente, pois não há muitas mais razões para que continue a 'orientar' uma equipa sem mostrar resultados aceitáveis, onde os jogadores colocam em causa as suas decisões!
A culpa da má exibição portuguesa não será totalmente de Queiroz. Longe disso! Mas enquanto este estiver no cargo, a Selecção não poderá prestar boas contas, visto que os jogadores já não acreditam nele.
Existem momentos em que é necessário tomar uma posição e, neste caso, para bem de toda a equipa portuguesa, essa decisão passa por seguir os passos dos seus colegas que abandonaram as selecções de outros países.


Não se trata de ver quem mais resiste, se o seleccionador se os jogadores! Duvido que a FPF, em tempos de crise, esteja disposta a pagar a indemnização milionária e ainda ter que dispender mais uns milhares para o sucessor de Carlos Queiroz. Pelo que, para não sair tão mal da fotografia e mostrar dignidade para com Portugal e com os portugueses, sair será o melhor a fazer. Deixar todos acalmarem e, talvez, esquecerem. Ir contra 10 milhões de adeptos (mais milhar menos milhar que está a favor da continuação) não é a solução. É sair e mostrar ao povo que, no fundo sabe, o que é melhor no interesse da Selecção!

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