quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Praxe morreu em Portalegre


Ontem voltei a Portalegre. Fui lá para entregar o meu relatório de estágio e fiquei desiludido com o que me deparei: o conceito de praxe académica está, praticamente, extinto.




Os “meus” antigos caloiros estão-se a “borrifar” para o que os seus novos colegas fazem ou não.
Sinto, portanto, que eles falharam com as suas funções/obrigações e, consequentemente, que nós também falhámos, por não lhes termos dado as indicações e o exemplo necessários.

Senti saudades do tempo em que Barradinhas, Lavaredas, Esteves, Relvas, e muitos outros, estavam lá para ajudar na integração e não apenas para humilhar caloiros, com as suas brincadeiras e com a sua mente extremamente imaginativa que colocava todos a rir da situação.

Agora está tudo diferente. Dos poucos “veteranos” de JC que estavam na praça a participar nas actividades de praxe, muitos estavam lá com segundas intenções: “CAÇAR AFILHADOS!”. Uma prática repulsiva. Os caloiros são constantemente influenciados para escolher este ou aquele aluno para seu padrinho académico. Recordo-me dos meus primeiros dois anos na ESE perfeitamente…

Enquanto caloiro escolhi o meu padrinho Lavaredas porque me identificava um pouco com ele, no modo de encarar a vida com humor, tornando-a melhor para si própria mas também para todos os que o rodeavam. Foi por isso que o escolhi, porque queria ajudar outros como ele, fazendo-os rir, animando-os quando necessário… Ninguém me impulsionou a escolhê-lo. Fi-lo de livre e espontânea vontade. Já a minha madrinha, Mária, foi escolhida porque era simpática, embora pouco faladora com quem não conhecia bem, mas aplicava-se naquilo que acreditava, “safando-se” lindamente no curso.

No segundo ano fui dos poucos do meu curso que acompanhou os caloiros todos os dias da praxe, ajudando-os e brincando com eles. Lembro-me de ter ficado desiludido por, depois de tudo isto, não ter sido escolhido por nenhum deles para ser padrinho. Até que, após uma ocorrência mais triste e até algo pitoresca de um colega, uma caloira me pediu para ser seu padrinho. “Podes ser meu padrinho também? Já convidei o André, mas tu é que me ajudaste agora que eu precisava de ajuda…”. Oficialmente foi ele quem ficou como padrinho, pois ela não podia ter dois, mas não-oficialmente somos os dois padrinhos dela.

Já no terceiro ano, fui padrinho de mais três pessoas. Nenhum foi escolhido por mim, foram eles quem vieram falar comigo primeiro.

Qualquer um dos casos acima referidos mostra como as coisas devem ser feitas. Não é chegar ao pé de 10 caloiros e começar a corrê-los a perguntar “Quem quer ser meu afilhado”. Claro que, como ninguém os tem acompanhado muito e como sentem algum medo de pessoal “vestido de negro”, muitos são os que aceitam logo.

Isto é algo que deve ser corrigido com alguma urgência, pois se eles aprendem isto, quando chegar a vez deles serem veteranos vão fazer o mesmo!

Quem o faz devia ter vergonha na cara, pois pelo que me lembro dessas pessoas, não foram nada de especial no seu primeiro ano. Foram maus caloiros e agora são maus… maus não, são péssimos veteranos.


Outro caso deplorável com que me deparei foi o facto de a comissão de praxe (que sempre foi uma grande merda naquela escola) estar pior. Os membros mais antigos são os mesmos que eram, continuando a “nova regra” da comissão, em que para pertencer tem que chumbar o ano. “Queremos cá estar quando acabarem a construção do S. Mamede Shopping” deve ser o seu actual lema!


Mas reparei que não conseguiram arranjar mais membros com três matrículas que tivessem nível de burrice/estupidez semelhante à deles. Então criaram um novo cargo: “Ajudante da Comissão”. Basicamente são alunos de segundo ano, que desempenham os cargos de paus-mandados da comissão, mas têm quase a mesma autoridade que eles. Isto é, claramente, uma violação ao próprio código que a comissão entrega, no qual proíbe alunos com menos de três matrículas a praxar, sem ser pintar a cara ou mandar cantar!


Acabei o meu curso e, por isso, durante dois anos poderei lá voltar para praxar. Desta vez não levei o traje e usei emprestado o do meu colega André. Não que precisasse de traje, pois é como se já tivesse quatro matrículas, podendo praxar sem traje, mas apeteceu-me sentir novamente com o traje vestido, em memória dos velhos tempos. Durante a subida à Penha, vi um dos membros da comissão pedir a um dos seus paus-mandados ajudantes que viesse falar comigo para que despisse o traje que não era meu. Vi o parvinho subir os degraus que nos separavam e parar frente a mim.


“Pode abrir o capote se faz favor?”, perguntou-me.


Resposta: “Então mas eu conheço-te de algum lado?”. Por acaso até conheço, porque foi caloiro e eu praxei-o, mas pelos vistos ele não me conheceu.


“Pode abrir o capote se faz favor”, repetiu-me.

“Se queres saber se tenho o traje vestido por baixo, digo já que não tenho. Mas também te digo que não preciso dele para praxar. Devias ter cuidado, porque acabei o curso este ano, e foste meu caloiro. Tens que respeitar as matrículas”, disse-lhe, enquanto despia o capote, acrescentando “Mas não te preocupes que não o volto a vestir. Embora continue a praxar os que me passarem aqui, já que vocês nem isso sabem fazer.


“Se o capote não é seu não o pode ter vestido, pode segurá-lo se quiser”.


Neste momento tive vontade de o esmurrar e, só não o fiz para não perder a razão. Vi que ele não tomara atenção ao que eu lhe dissera e que não devia ter despido o capote, só para ver se mandavam um “superior hierárquico” falar comigo.

Quando um dos da comissão merecer praxar mais do que eu ou dos que entraram comigo, avisem, pois fomos praxados pelos melhores, e sabemos fazer as coisas, facilitando a vida aos caloiros!


Detesto que tenham medo de me enfrentar e mandem subalternos fazer o trabalho dos que realmente o devem fazer! Se querem dizer algo digam directamente! Se quando eu estava no terceiro ano o “General” (que continua o mesmo e igualmente parvo) veio pedir-me para orientar as praxes do nosso curso mesmo sem estar trajado, o que muda agora?


Para finalizar a noite, dois veteranos do meu curso começaram a discutir vivamente em frente aos caloiros! A discussão deveu-se ao facto de uma rapariga estar a fazer perguntas obscenas aos caloiros, tornando a situação demasiado porca e humilhante. Dou razão ao veterano que a repreendeu, mas não foi o local ideal para o fazer! Os caloiros não devem assistir a cenas destas, pois dão o mau exemplo.


Deixo aqui a minha indignação do que vi e ouvi nas minhas (poucas) horas em Portalegre. Um regresso marcado pela tristeza, pela indignação e pela saudade dos tempos em que os meus colegas e eu estávamos juntos e éramos “comandados” por quem sabia!


Posso apenas concluir que o conceito de Praxe em Portalegre está morto, ou então, que o pouco que resta dele está a desaparecer rapidamente!

27 comentários:

  1. Anos como os nossos não voltam àquela cidade...
    Ambiente como o que vivemos não regressa...
    Os rostos mudaram, a força mudou, a arrogância aumentou e a ajuda foi-se desvaneçendo...
    É triste saber que, para o que nós foi uma fase académica extraordinária e uma cidade que nos fez crescer a todos.. Que nos pôs sorrisos e gargalhadas na nossa vida... Para outros pode estar a começar realmente uma vida de inferno... E a culpa é da praxe do conceito que muitos já não sabem o que é... Que misturam humilhação com poder... E que não sabem ensinar o que é ser estudante em portalegre...!
    Velhos tempos que já não voltam... Nós tentámos passar a mensagem... com a nossa ajuda... com a nossa dedicação(por vezes ausente..)... Não quiseram apanhá-la... mas nós fizemos o que tinha de ser feito..

    Tenho saudades vossas jornalistas!

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  2. Bardamerda mais a conversa...
    Como é óbvio não tive a paciência necessária para ler esta balela de alto a baixo!
    Até parece que não sabes que aquilo está entregue aos cyborgs (como lhes chamava, e bem, o metricinco)...
    As praxes estão a acabar?
    Graças a Deus! Ontem já era tarde!
    Eheheheheh

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  3. Não sei se alguém conhece aquela musica dos Pink Floyd ‘Another Brick in the Wall’. A letra fala dum professor que não deixa os alunos em paz. É rígido, duro e faz a vida dura aos miúdos, que são hierarquicamente inferiores. Mas tudo tem um porquê, certo?!

    Esse professor, quando chegava a casa, levava ‘porrada da mulher, não podia fazer nada que era castigado, era preso por ter cão e por não ter… a revolta é tanta que alguém tem que pagar…

    Não existe ninguém que não goste de se sentir superior, e mostrar poder perante o outro. Porém temos que o saber fazer.
    Metade dos ‘frustrados’, ups enganei-me, queria dizer ‘veteranos’, precisam por alguma razão, evidenciarem-se. Porque não evidenciarem-se colocando os pés na escola duas ou três vezes por semana, e não estou a dizer que é para levantar dinheiro (visto que o multibanco mais próximo, encontra-se dentro da escola), mas sim para ir às aulas!
    Bom… Eu acho que as praxes servem para integrar os caloiros, para dar a conhecer a cidade, para dar a conhecer a escola, e claro ‘gozar’ com eles. Mas é triste quando o gozo é hipócrita, e o ser mau serve apenas para mostrar superioridade.

    Quanto aos caça-afilhados… sempre houve e sempre haverá. Os caloiros também têm que ver quem é que escolhem. Mas pronto!

    Em último, quero enaltecer aqueles de quem o Luís falou, Barradinhas, Lavaredas, Esteves, Relvas, entre outros.
    T
    ambém acredito que o conceito de praxe tende a desaparecer! Mas o tempo o dirá.

    Abraço a todos aqueles que entraram em 2006!

    P.S: António Adão Farias, se me voltas a insultar, roubo-te as namoradas. A esquerda e a direita.

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  4. Espera aí... não era este senhor que prometeu nunca mais trajar no segundo ano se uma determinada pessoa fosse autorizada a trajar?faltas-te à tua palavra. és como os cyborgs que o António referiu.Abaixo o Luis Nunes e este blog.Agora a sério: acho que percebeste porque é que nunca fui na conversa das praxes e "morcegos" em Portalegre. desde que desapareceu o pessoal da brigada aquilo não era nada. Agora mais a sério: Quando é que lá vamos apanhar uma das grandes e fazer figuras?

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  5. Pessoal como o nosso, nunca mais vai haver naquela escola. Eu também senti uma enorme saudade quando cheguei a Portalegre e não vi o resto da malta, com quem partilhamos muitas alegrias e tristezas, festas e stress.
    Tens toda a razão, no que diz respeito às praxes, não acho que tenhamos sido nós que fomos maus veteranos, mas sim eles que querem ser superior a qualquer força, mas dão-se mal. Esses dois dias que estive lá deu para matar saudades dos amigos que lá estavam. Mas digo-te mais uma coisa, temos uma afilhada que nos adora e foi ela que nos escolheu, tens aqui uma prova que não fomos maus veteranos. Adorei a tarde de terça a beber imperiais...relembrar velhos tempos.
    Adoro-vos e tenho muitas saudades de todos...

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  6. Descubro o blog deste cromo por acidente e deparo-me logo com elogios...boa forma de aliviar os ânimos numa noite de eleições.

    Não há dúvidas que tudo mudou. Bolonha fez com as praxes o que fez com o Ensino Superior: banalizou-as e isso foi crucial para esta mudança de essência nas praxes.

    No entanto, o problema está nas pessoas. Sempre disse e volto a dizer: bons caloiros dão bons veteranos...e é quase sempre assim. Ora, os caloiros estão cada vez piores. Começa a aparecer, nas escolas superiores, a tão famosa geração "Morangos com Açúcar" e porra que as pitas e os putos são lixados para de praxar. "Não me toques, não me sujes, não me f0das"...assim não dá.

    Não vou dizer que os meus tempos foram uma delícia, mas foram mais divertidos...isso não há dúvida...mesmo havendo mais respeito pelos veteranos.
    Agora só vejo fazerem merdas sem interesse, a tal caça aos afilhados, como se isso tivesse alguma vantagem, e cagarem tudo por onde passam sem se preocuparem em deixar tudo limpo...no meu tempo os veteranos cagavam tudo e os caloiros limpavam :D ao menos ficava tudo limpo!

    A mediocridade das praxes é culpa exclusiva das pessoas:

    uns pecam porque, como sempre foram merdas, agora querem ser gente e pisar os outros;

    outros por falta de tomates;

    outros do excesso de paneleirice;

    outros por falta de criatividade;

    etc.

    por acaso este ano também dei uma vista de olhos numa noite...de facto há muita tusa do mijo, mas o mal continua o mesmo e está cada vez mais intenso:

    Eu e os meus colegas tínhamos orgulho em envergar o traje e receber bem...agora o orgulho é em envergar uma colher e tratar mal...

    mais valia enfiarem-na no cu. :P

    Bem, já chega...mas vou começar a acompanhar isto, por isso vê se te portas bem puto :P

    Abraços, Relvas

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    1. Outro dos fundadores da BDJ! Bem hajas puto. Vou a PTG em breve!

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  7. Luís, desceste 100 pontos na minha consideração quando não partiste a boca ao académico de merda na Penha!!! Agora a sério, tens toda a razão quando dizes que o espírito se está a perder. Este ano tivemos dois ou três académicos e outros tantos de 3º ano a praxar. Se continua assim, no ano que vem a praxe vai ser beber cerveja morta da colher de pau dos anormais, perdão, da comissão.

    Erras numa afirmação. Na penha só se pode praxar trajado nem que tenhamos tantas matrículas como o Guilherme ou o Gouveia, mas verdade seja dita, se aquela comissão pode praxar nós tinhamos direito a praxar de boxers.

    Em relação à nossa afilhada em comum, é uma ferida aberta ter-te como compadre!!! :P

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  8. É óptimo que assim seja, tomara já que acabe toda esta coisa das praxes académicas que nunca deviam era ter começado...E que comecem a aparecer pessoas mais educadas e inteligentes com novos métodos de integração dos alunos nas universidades. Sim, porque como o Sr. Luís disse e muito bem, uma coisa é ajudar a integrar os alunos outra é humilhar. Aí está o problema!
    Em vez de ensinarem boa educação aos alunos, só lhes ensinam a serem arrogantes, convencidos e a humilhar os outros, o resto, o ensinar fica a cargo dos professores, quando podem e os deixam!

    Eu não sei de onde veio esta ideia de que para os jovens se tornarem bons médicos, jornalistas, professores, advogados, contabilistas, etc, terão que ser humilhados públicamente, agredidos, violados,...será que queriam fazer das Universidades um Quartel do exército?!
    Mas, é que nem na tropa se veêm humilhações como as que já vi fazerem a jovens nas universidades e em público...e, tb, uma pessoa quando vai para a tropa sabe para o que vai, e sabe que tem que ter uma preparação especial porque vai ter de lidar com gente da pior espécie. Agora, fazer isto na universidade só pode dar os resultados que se têm visto neste país, em todas as áreas!

    Acabáste o curso e por isso tens os meus parabéns...mas, quanto à tua parte humana e social, olha só no que te tornáste tu e a grande maioria dos teus colegas e aqueles que ainda estão a viver sobre o método de integração pelas praxes académicas: Jovens mal educados que só falam, dizem e escrevem palavrões, que insultam as pessoas(sejam elas mais novas ou mais velhas, amigos ou colegas), que são arrogantes e convencidos de que são melhores que os outros só porque estão na universidade ou porque já têm um curso mas que, em matéria de inteligência, educação e principalmente humildade, não lhes chegam nem aos calcanhares!

    Era bom que, como Jornalista que é e quer ser, que reveja sempre a forma como se dirige ao público em geral e que seja um autocrítico antes de ser um crítico dos outros, porque devemos sempre colocar-nos no lugar do outro antes de fazermos declarações ofensivas sem saber do que estamos a falar. É bom dar a nossa opinião, mas para tudo há limites e quando a nossa opinião está errada e mete em causa a verdadeira verdade, pode influenciar negativamente o público que a lê ou ouve!
    À que parar um pouco e pensar se realmente estamos ou não no caminho certo!

    Mas enfim, quem sou eu para tentar mudar algo que está bem tatuado neste pais?!
    Só me resta lamentar que a maior parte da humanidade ainda esteja tão atrasada e não consiga ver mais para além do seu umbigo...

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  9. Achei que deveria responder a este último comentário. Respeito a sua opinião, embora existam divergências nas nossas formas de encararmos o mesmo assunto. Penso apenas que teria sido mais correcto assinar e não deixar como 'anónimo', mas tudo bem.

    Pelo seu discurso deduzo que não percebeu de forma correcta o título do meu 'post'. Quando referi que a praxe está a morrer em Portalegre referia-me mais concretamente ao espírito académico e de brincadeira que estas devem ter.

    Deduzo ainda, pela forma como abordou o tema, que quando frequentou a faculdade não foi praxado ou se o foi não o souberam fazer. Isto porquê? Porque se tivesse sido praxado por pessoas que sabiam fazer, como as que destaquei no texto (Barradinhas, Lavaredas, Esteves, Relvas, etc) certamente não teria essa opinião tão negativa.

    Tal como referi, as praxes são um processo de integração e não humilhação. Quanto entrei para a faculdade tive também algum receio. Não pelas praxes mas pela descoberta de uma nova cidade, novas caras, tudo desconhecido. Durante as praxes destas pessoas acima referedas confraternizei com colegas de curso, grandes amigos que ainda hoje tenho e dificilmente esquecerei.

    As praxes funcionaram como um 'quebrar do gelo'.Recordo que uma das praxes que fizeram foi que em dez minutos tinhamos que decorar o maior número de nomes e informações sobre os nossos companheiros caloiros que nos rodeavam. Desta forma ficámos a conhecer-nos! Vai-me dizer que isto foi mau?

    Caso não tivesse sido praxado teria sido complicado conhecer alguém. Seria como viver num prédio de Lisboa, em que vimos os vizinhos todos os dias, dizemos o rotineiro 'Bom dia', mas se nos perguntarem como se chama a pessoa que vive no andar de baixo não sabemos dizer.

    Foi isto que aprendi eu e muitos colegas meus. De todos os que foram praxados no mesmo ano que eu, duvido que algum possa apontar o dedo a um destes que nos praxou e referi.

    Além disso a praxe não é obrigatória e, mesmo os que querem ser praxados, podem recusar qualquer tarefa! Quando me diz que os jovens vão para lá ouvir palavrões e ser humilhados, digo-lhe que o são porque querem, pois podem renunciar a tudo.

    Foi isto que aprendi e que tentei transmitir aos que se seguiram a mim e que também eu praxei. Duvido que tenham muito a apontar-me neste aspecto.

    (continua)

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  10. (continuação)

    No entanto, existiram as excepções, algumas das quais ainda hoje lá continuam. Esses não sabem o que significa a praxe! Mas não se pode nunca generalizar. Tudo tem uma 'ovelha negra', e este assunto não é execpção.

    Outro aspecto que merece atenção no seu comentário é quando diz que quem está lá a praxar não ensina os que chegam de novo, não se preocupam com eles. Isso não é verdade.

    Todos são bem tratados. São ensinados (pelo menos nos anos em que lá estive foram) seja em assuntos relativos à escola, história da cidade e onde se localizam várias instituições necessárias para o quotidiano (lojas, câmara municipal, biblioteca, etc). Nunca é recusada ajuda. O bem-estar dos colegas é sempre primordial! Neste aspecto, até mesmo os que não sabiam realmente praxar, as 'ovelhas negras', foram sempre compreensíveis, a ponto de ajudar quem precisava de ajuda com assuntos escolares, de saúde...

    Não sei como foi a sua integração mas uma coisa sei, a sua estadia não passou pela ESE de Portalegre entre 2006 e 2008 (até Junho).

    Agora passando a outro factor do seu comentário. Penso que não o conheço (pois não assinou o texto), pelo que não penso que seja correcto fazer juízos de valor relativamente à minha pessoa. Quando disse "quanto à tua parte humana e social, olha só no que te tornáste tu(...) Jovens mal educados que só falam, dizem e escrevem palavrões, que insultam as pessoas(..) são arrogantes e convencidos (..)mas que, em matéria de inteligência, educação e principalmente humildade, não lhes chegam nem aos calcanhares!" insultou-me!

    Eu não o insultei no meu texto e não admito que o façam sem me conhecerem, falando do que desconhecem! Deveria rever a sua linguagem antes de fazer acusações infundadas! Não apaguei o seu comentário ofensivo para lhe explicar e espero que compreenda e não repita!

    No final do seu 'post' diz-me ainda "como Jornalista que é e quer ser, que reveja sempre a forma como se dirige ao público em geral e que seja um autocrítico antes de ser um crítico dos outros".

    Primeiro - o meu texto não é de carácter jornalístico, mas sim opinativo. Como pessoa tenho esse direito e como jornalista também, desde que assim o identifique (e um blog pessoal indica isso mesmo, que é a minha opinião pessoal). Esse é um direito que até no código deontológico do jornalista vem expecificado. Caso duvide, faça uma pesquisa na internet e comprovará que digo a verdade.

    Nas notícias que escrevo sou imparcial (ou tento ser o máximo possível, uma vez que está provado que imparcialidade é um conceito que na prática não existe).

    E ainda acrescento, que sei ser autocrítico, e bastava ter lido o texto com mais atenção para perceber isso, pois admito algumas falhas na transmissão de conhecimentos aos caloiros por ter visto que muitos não aprenderam a fazer as coisas de forma correcta! Se admitir os erros não é autocrítica diga-me o que é para si sê-lo.

    Penso que esclareci o meu ponto de vista. De qualquer forma, se existir alguma dúvida ou algo que não esteja ainda bem esclarecido, basta avisar. Mas desta vez tente assinar. Não receberá qualquer tipo de represália por isso, pois isto é um blog de partilha de opiniões, e todas as pessoas são respeitadas de igual modo.

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  11. Devo dizer que quando duarante as praxes deste ano estava a acabar o meu Relatótio e não deu para estar presente nas praxes. Mas claro que tinha de saber o que se andava a passar. Ela só me disse: " Madrinha vocês fazem cá tanta falta, isto está uma me***!"

    Quando fui entregar o Relatório quiz saber de tudo, qual o meu espanro quand me dizem que, praticamente quem foi praxado foram os veteranos e não os caloiros. Humilhar veteranos? 2º ano a praxar mais que 3º? Que a comissão vá toda para o Cara***! Sempre foi uma bodega no eu 2º e no meu 3º e cada vez peior. Os burros como altos na hierarquia, pois é Luís tens razão. Deu-me vontade de partir aquilo tudo. Mas também disse à minha afilhada: "Então e não lhes fizeram frente?" Não, não fizeram. Eu espetáva-lhes o código de praxes no focinho, espalhava bem os papéis por toda a gente. Não tenho e nunca tive medo deles e quero lá ir para o ano na altura de praxes. Ver vamos..

    Devo dizer que desde os nossos GRANDES MENTORES de Praxes (Barradinhas, Lavaredas, vocês sabem quem são) que aquilo foi de mal a pior. Saudades...

    Luís continua o bom tranalho ;)

    Muah*

    *Kuka* aka Ana Carolina

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    1. Belas praxes essas!!!! Fui membro fundador da Brigada Davide Jorge, juntamente com o Barradinhas/Lavaredas/Filipe Esteves/ André(S). Foi uma época auspiciosa e áurea. Infelizmente o espírito perdeu-se, as os fundadores da BDJ continuam unidos. SEMPRE!
      Ass: Gonçalo Gama (AESC)

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  12. Bem, nao poderia passar aqui, ler e nao deixar um breve comentario que fosse. As lagrimas fazem parte do meu rosto cada vez que me lembro o que se passou nas praxes e até mesmo no tribunal! Sr Gouveia manda carrascos da ESTG praxar a ESE??? Afinal onde isto ja chegou..Ah e ja agora o Sr esta no ceu, porque aquele jovem nao merece o chao que pisa. Ele anda a esconder tanta coisa, mas digo-lhe General nao sei de quem ou do que, as coisas vao-se descobris, mais cedo do que pensa!!

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  13. ola... eu concordo com tudo o que foi dito aqui, sou veterana aqui em Portalegre,na ESEP e estou deveras desiludida com o que se passou aqui este ano...fomos impedidos de praxar na 2ª semana de praxe, todas as brincadeiras era más, certas e determinadas pessoas não gostava de ouvir as musicas que cantavamos com as caloiras, mas nunca indo dizer nos na cara, mas sim mandando alguem para dize lo. é triste que enquanto finalista e gostando da praxe no sentido de integrar e fazer com que a caloirada se divirta, pois as praxes são as melhores recordações que tenho, vejo que um grupinho de jovens (frustrados ou nao) impeça outros de praxar e de brincar, sendo eles os primeiros a quebrar as regras de que tanto ouço falar...

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  14. Caro amigo Luis...acho sinceramente que tens razão em parte do texto que escreves, mas há outra parte, que é a que me toca, que não concordo. O facto de atacares a comissão de praxe e dizeres que está pior, talvez tenhas razao, mas a comissão so regula a praxe, não havendo veteranos a praxar, não ha ninguem para regular, percebes onde quero chegar?
    Em relação aos alunos que têm duas matriculas, acho que deverias ler o regulamento de praxe, pois foi alterado devido a Bolonha. Como é obvio agora são so 3 anos, teve que se proceder a alterações.
    Outra coisa... A comissão não é só "convidados", pois todos os anos se abrem inscrições para fazer parte dele, alguns com mais coragem aparecem, mas talvez pelo horario que exige (9H ás 02H) não se adaptam. E depois há aqueles que nem sequer pensam no esforço enorme que se faz.
    AHHH...e não se esqueçam que este ano a Comissão fez as praxes sem ter AE, o que dificultou muita coisa, inclusivé a verão do pessoal da comissão...o que outros veteranos nao se sujeitam...
    Abraço

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  15. Um bom veterano como pareces dizer que és ou que foste, devia saber que apenas pode usar o seu capote e o da madrinha/padrinho. E deve também o meu caro amigo anónimo que se admira por o Sr. Gouveia ter convidado carrascos da ESTG, ficar a saber que ainda a poucos anos os caloiros de ambas as escolas tiveram um encontro na praça da republica um dia de manhã (era General o Sr. Rider Serra) em que os caloiros e veteranos apenas representavam o IPP. E este acto foi digno de louvor da parte do Dr. Albano pois pela primeira vez as escolas se juntaram. Este ano apenas se deu continuação ao bom ambiente vivido entre as escolas.

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  16. Boa noite.
    Somos um grupo de caloiros de Portalegre das praxes 09/10.
    Como caloiros, presenciamos muitas das coisas que o bloger referiu no post. Na nossa opinião as praxes da ESE estão longe de ser "integração", bem como o desrespeito que há em relação ao traje. "O traje em Portalegre nao é minimamente respeitado". Porquê? Porque não é através de cunhas e amizades coloridas que se forma uma comissão de praxe. A Comissão tem como responsabilidade controlar os abusos e as praxes dos restantes veteranos, no entanto, isto está longe de ser real.

    Tendo nós conhecimento de praxes de outras universidades do país, temos a dizer que isto é uma verdadeira palhaçada, uma humilhação às pessoas, para que frutrados possam aumentar o seu auto ego, tendo em conta que muitos provavelmente foram vitimas de bulling durante o secundário.

    Porém, há excepções, ainda existem muitos veteranos com a capacidade de integrar os seus caloiros. Contudo, essas pessoas inteligentes são penalizadas pela comissão, e criticadas por não necessitarem de rebaixar ninguem para praxar.


    Se a vossa intenção era fazer-nos sentir tipo "merda" , parabéns, conseguiram.

    No proximo ano, temos esperança que possamos, com exemplos de pessoas realmente inteligentes, modificar muita da estupidez que aqui se passa.


    Com os melhores cumprimentos,
    Parabens por teres terminado o curso, felicidades.

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  17. Aos caloiros que deixaram estas lindas frases aqui, resta dizer cindo coisinhas:

    1- O caloiro do ano costuma entrar para a Comissão de Praxe, e isso para mim não é cunha, mas sim mérito! (Já vi que nenhum de vocês deve ter sido)

    2- De facto ao ver estas praxes e a comparar com outras, estas são mesmo uma palhaçada, aqui cantam, jogam, pintam bandeiras, tem karaokes e bailes onde fumam e bebem como homens e mulheres e só no dia seguinte têm dores.

    3- Falar em pessoas que supostamente foram vitimas de bullying (é assim que se escreve), é de uma falta de respeito extrema pelas pessoas que infelizmente são vitimas de bullying e revela o bem educadinhos que voês são.

    4- Quanto ao fazerem com que se sintam tipo "merda", isso deve ser por vos meterem a cantar as musicas dos vossos cursos e a pintar bandeiras e vocês pelos vistos não saberem cantar nem pintar (percebo que isso seja frustrante).

    5- As inscrições para a comissão de praxe sempre estiveram abertas, simplesmente nem toda a gente gosta de sacrificar o ultimo mês de férias para organizar os karaokes k tanto gostam, procurar aqules patrocinadores que estavam nos vossos passaportes, etc....

    6- Se as praxes são assim tão más como as pintam espero que para o ano não vos veja logo no primeiro dia a gritar com quem entra com a chamada "tesão do mijo", porque se as praxes são más e vocês bons, não devem lá ir para não vos considerarem maus também.

    P.S.: Nunca se esqueçam que "Os vossos maiores inimigos nas praxes serão os vossos maiores amigos depois destas acabarem". Ser bonzinho(a)nas praxes para ter 10 afilhados(as)é muito bonito, mas ser o primeiro a chegar de manhã e o ultimo a sair de noite não é fácil, nem para todos.

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  18. Já agora as coisinhas que quis dizer não são cinco mas seis. Tiveram um brinde =)

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  19. Ola ola... bem,concordo com muito o que disses-te. no entanto penso que algus comentários são ridículos e despropositados mas cada um tem a sua opinião tal qual como eu!
    Tu e outros foram meus veteranos e não tenho razão de queixa de quase nenhum do teu ano.
    No entanto antes de mandarem bocas para o ar, tentem saber um pouco do que realmente se passa durante a duas semenas de praxes da ESE.
    Burros, estúpidos e ignorantes não são os que chumbam de ano,(para poder entrar na comissão de praxe) mas sim aqueles que que passam a vida na escola a lamber o cu aos professores.
    Este ano estive presente nas praxes todos os dias, e os tais veteranos que têm mais de duas matrículas e que supostamente podiam e deveriam praxar, simplesmente não apareceram! É fodido ter de faltar as aulinhas durante oito dias para acompanhar e tentar integrar os caloiros. Talvez o conceito de praxe esteja mesmo a desaparecer,(assim como o espirito academico) mas isso não se deve aos "BURROS" da comissão de praxe, mas sim à MERDA de veteranos que pela ESE se passeiam!

    Joana Rebelo
    FRESCA

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  20. Ao veterano(a) lindo(a), provavelmente da Comissão de Praxe, que deixou este lindo comentário só kero dizer umas coisinhas (é melhor ñ especificar knts pa ñ me enganar):

    1 - Sim, realmente pode ser mérito o caloiro do ano entrar pa Comissão, mas a escolha do caloiro do ano mts vezes ñ tem mérito nenhum.

    2 - Concordo ctg. As praxes foram 1 palhaçada. Aliás nem seker foram praxes, pareciam + uns educadores de infância a entreter os putos com joguinhos. Mas por outro lado pa contraria essas praxes de merda, alguns veteranos (a maior parte da Comissão de Praxe)optou por humilhar pa ganhar respeito e aumentar o ego. Parabéns pela excelente escolha, só revela o belo tipo de pessoas k vocês são.

    3 - Ñ se trata de ser "educadinho" ou ñ. Foi 1 opinião e ñ é por haver caloiros a falarem deste assunto k faltam ao respeiro pelas verdadeiras vítimas deste problema.

    4 - Se os caloiros sentem-se merda, é pk os fazem sentir assim, nomeadamente veteranos e académicos (já k agora os académicos podem fazer parte da Comissão, vá-se lá saber pkê). Cantar as músicas do curso e pintar a respectiva bandeira ñ faz com k ninguém se sinta 1 merda. Isso é o melhor das praxes, aprender a gritar e a "lutar" pelo curso. Se te sentiste 1 merda knd fizeste isso pelo teu curso, o problema é teu. E até percebo k isso seja frustrante pra ti.

    5 - Este ponto é mesmo pa rir. "As inscrições para a comissão de praxe sempre estiveram abertas". Deve ser, deve. Já toda a gente sabe como é k isso funciona. Só vão pa Comissão de Praxe os amiguinhos do Gouveia ou então kem anda a papar algum veterano já pertencente à Comissão. Aposto k se alguém fosse inscrever-se, mas ñ fosse amigunho do General e companhia, mandavam-no dar 1 volta. E há mt gente k ñ se importava de sacrificar o ultimo mês de férias para organizar os eventos da Comissão.

    6 - Ninguém pintou nada. As praxes foram mesmo más, só ñ vê kem ñ ker. E se po ano os caloiros deste ano, estiverem lá a praxar será pa "combater" a merda k vocês fizeram este ano. E se houver algum caloiro a humilhar ou a praxar, a culpa tmb será vossa pk foram vocês k ensinaram esse conceito de praxe.

    Para finalizar:
    - Kal é o mérito de apalpar caloiras no tribunal de praxe?
    - Kal e o mérito de colocar vinagre e a mustela nas partes intimas dos calorios no tribuanal de praxe?
    -Kual é o mérito de mandarem simular orgasmos no tribunal de praxe?
    - Kal é o mérito de a comissão de praxe ou o Sr. General irem pa tribunal por abusos? Só desrespeitam Portalegre e o IPP...
    - Kal é o mérito de trazerem pessoal de outras escolas pa serem os carrascos da ESE?
    - Kal é o mérito da Comissão de Praxe?
    - Kal é o mérito do General?
    - Kal é o vosso mérito?

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  21. N me venhas falar em merito, porque n é merito, mas sim carradas de trabalho pa fazer e prazer em fazer esse mesmo trabalho...enquanto que os veteranos so aparecem nas praxes a partir da 1 da tarde e tao com o cu na cama ate tarde e dpois xegam la e kerem fazer td...ya isso é k é fixe né??? epa n me venham com merdas dessas, kerem ter mérito venham as praxes.Agora n me venham criticar o trabalho da comissao, pk voces nem imaginam o trabalho q nós temos, devem pensar k é so praxar...tao mto enganados.. estas conversas ja me metem nojo e vcx so teem a perder com isto.
    Nao falem dakilo q nao sabem... e isso dos amiguinhos pa comissao tbm n é bem assim, tem q se ter merito e n cunhas!! e eu sei daquilo q estou a falar.

    eu sou o carlos esteves, de animação, 2 matriculas, da comissao!

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  22. 1h da tarde???? lol.... então voces deviam ter estado mesmo mesmo a dormir.... sim, porque muitos de nos (veteranos) estavamos prontos a participar, mas o vosso excelentissimo general, simplesmente proibia... foi lindissimo a merda que aprontaram... falam de orgulho de usar um traje?? honrem-no...

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  23. Nem deves aceitar o meu comentário... mas enfim! Que pobrezinho que tu és, nunca foste ninguém na ESE, não és exemplo para ninguém! És um frustrado, daqueles que pouco fizeram... e que agora só sabem dizer mal! Mas não te esqueças de uma coisa... há ainda quem se lembre de ti como caloiro e veterano, portanto... devias moderar as tuas críticas meu rapaz... E antes de falares seja do que for em relação ao capote que usaste na penha, informa-te devidamente, pois o facto de teres acabado o curso não te dá o direiro de usares outro capote que não seja do teu padrinho ou madrinha!

    Pobre coitado!

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  24. Volto a deixar aqui o pedido para, quando efectuarem comentários, assinem, a não ser que temam represálias, o que não me parece ser o caso anterior.

    Um ano se passou desde que escrevi este post e parece que ainda dá que falar.

    Gostava de saber ao menos a quem respondo, mas se não quer dizer tudo bem.

    A pessoa que escreve o comment acima refere-se a mim como uma pessoa frustrada. Pois bem. Sinto que cumpri todos os meus objectivos durante a minha estadia de três anos em Portalegre: conclui o curso, fiz amizades que o tempo não irá apagar, diverti-me (bebi os meus copos também, é verdade), ajudei todos os que pude e respeitei todos como iguais. Agora, licenciado, posso e estou a trabalhar na minha área de formação. Se isto é o que agora chamam de frustração, então talvez o seja. Pensava que lhes davam outro nome, mas assim sendo, conheço muitos frustrados como eu...

    É ainda dito no comment que não sou exemplo para ninguém. Exemplo serão todos os que humilham em demasia os caloiros? São também aqueles que foram (bem me lembro desta) ofendidos várias vezes por um caloiro que colocaram no quadro da vergonha e depois decidiram que afinal era melhor tira-lo desse mesmo placard porque ele conhecia alguns membros da comissão, permitindo que no ano seguinte trajasse? Isto é que é ser exemplo? Então prefiro não o ser.

    Quanto ao capote da Penha, talvez tenha errado e o assunto já foi falado com a pessoa que me pediu para tirar, na presença do padrinho desse mesmo veterano... O assunto está arrumado.'Mea culpa'.

    Mas muitas são as regras que não são cumpridas na Praça da República ou noutros locais de praxe. O regulamento de praxe original, guardado na AE, foi-me mostrado por um membro da Comissão no meu segundo ano na ESE. Talvez todos o devessem ler também, antes de me apontarem o dedo.

    É ainda referido que se lembram de mim enquanto caloiro e veterano. Acredito que sim. Nada do que fiz foi por medo e as minhas atitudes foram de acordo com o meu ser, juntamente com o que me foi ensinado por aqueles que realmente viviam as praxes, na sua maioria membros da BDJ, essa mítica brigada que me acolheu a mim e a outros de forma algo selecta, sendo por vezes mais respeitada que a comissão...

    Apesar de, por vezes não concordar, durante a minha estadia em Portalegre, sempre respeitei a figura do general, nomeadamente as três pessoas que desempenharam esse cargo durante esses três anos: o Daniel, o Rider e o Gouveia, com os quais falei e expus as minhas questões quando surgiam dúvidas ou problemas.

    A minha opinião é esta e traduzi apenas o que vi e vivi. Se por isso me ameaçam, talvez se deva deduzir que a situação deixa alguns constrangidos. Digam qual o que as minhas palavras apresentam que eu explico melhor o meu ponto de vista, sem necessidade de recorrerem a ameaças (como da última visita à cidade).

    Não sei quem és, mas desejo-te felicidades durante a tua estada em Portalegre. A vida académica não é só praxe. Vive-a bem.

    Cumprimentos,

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  25. Eu a pesquisar na net se a ESEP (mas a de Enfermagem, aqui no Porto) tem código de praxe, e deparo-me com este post. Digo-te já que achei muito interessante esta história, mas só veio intensificar o que eu já sabia: que as praxes, no geral, estão podres. Que se acabou a verdadeira tradição e a estupidez tomou conta deste ritual. E já ouvi tanta coisa má sobre a praxe na ESEP... :(

    Mas obrigada pelo post. Tem dois anos mas mantém-se bastante actual. :)

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