
Há quem contraponha, salientando que quem diz isto são, certamente, os mais jovens, que não viveram no tempo do Estado Novo. Mas será mesmo assim?
Para perceber a gravidade do momento actual de Portugal basta atentar nas palavra proferidas por Otelo Saraiva de Carvalho, líder da Revolução dos Cravos: "Não teria feito o 25 de Abril se pensasse que íamos cair na situação em que estamos actualmente. Teria pedido a demissão de oficial do Exército e, se calhar, como muitos jovens têm feito, tinha ido para o estrangeiro".
Se quem comandou as operações pensa desta forma, arrependido das decisões tomadas, que mais podemos dizer sobre o assunto? Desde o 25 de Abril de '74 que só nos metemos em buracos: CEE (actualmente UE), adopção do Euro (uma bela coisa que levou a maior parte dos vendedores a aumentar os preços em 100%), etc.. E certamente que estas eleições legislativas antecipadas não vêm ajudar em nada, já que mais não seja pela despesa que acarretam!
Podem afirmar que o Estado Novo era mau, que havia medo e repressão, mas pelo menos quem geria o País sabia fazer contas e colocou a Economia na rota certa.
Nas suas declarações, durante o lançamento do livro 'O Dia Inicial', Otelo afirmou ainda que se as coisas se manterem como estão criam-se "condições necessárias para que haja um novo 25 de Abril".
A revolução anterior trouxe-nos a democracia, esta agora seria para nos implementar o quê? Monarquia novamente? Comunismo? Regresso ao Estado Novo?
Talvez a última opção não fosse má de todo. Não no sentido de aplicarem todas as normas do regime anterior, mas o aproveitamento das ideias de António de Oliveira Salazar relativamente à estabilização da economia. Precisamos de economistas e verdadeiros patriotas na frente do País, não de tachistas! Quem quer seguir carreira política tem de pensar em enriquecer o País, não a sua própria conta(s) bancária!
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