sexta-feira, 15 de abril de 2011

A constatação de Otelo...

Cada vez é mais frequente ouvir as pessoas a queixarem-se da situação do País e afirmarem mesmo que seria preferível voltar a ter Salazar a orientar o Estado do que continuar nesta situação. 

Há quem contraponha, salientando que quem diz isto são, certamente, os mais jovens, que não viveram no tempo do Estado Novo. Mas será mesmo assim?

Para perceber a gravidade do momento actual de Portugal basta atentar nas palavra proferidas por Otelo Saraiva de Carvalho, líder da Revolução dos Cravos: "Não teria feito o 25 de Abril se pensasse que íamos cair na situação em que estamos actualmente. Teria pedido a demissão de oficial do Exército e, se calhar, como muitos jovens têm feito, tinha ido para o estrangeiro".

Se quem comandou as operações pensa desta forma, arrependido das decisões tomadas, que mais podemos dizer sobre o assunto? Desde o 25 de Abril de '74 que só nos metemos em buracos: CEE (actualmente UE), adopção do Euro (uma bela coisa que levou a maior parte dos vendedores a aumentar os preços em 100%), etc.. E certamente que estas eleições legislativas antecipadas não vêm ajudar em nada, já que mais não seja pela despesa que acarretam!

Podem afirmar que o Estado Novo era mau, que havia medo e repressão, mas pelo menos quem geria o País sabia fazer contas e colocou a Economia na rota certa.

Nas suas declarações, durante o lançamento do livro 'O Dia Inicial', Otelo afirmou ainda que se as coisas se manterem como estão criam-se "condições necessárias para que haja um novo 25 de Abril".

A revolução anterior trouxe-nos a democracia, esta agora seria para nos implementar o quê? Monarquia novamente? Comunismo? Regresso ao Estado Novo? 
Talvez a última opção não fosse má de todo. Não no sentido de aplicarem todas as normas do regime anterior, mas o aproveitamento das ideias de António de Oliveira Salazar relativamente à estabilização da economia. Precisamos de economistas e verdadeiros patriotas na frente do País, não de tachistas! Quem quer seguir carreira política tem de pensar em enriquecer o País, não a sua própria conta(s) bancária!

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