Há pessoas que, pura e simplesmente, não possuem o perfil necessário para a profissão que exercem! Ontem à noite tive mais uma prova disto mesmo.
Após um fim-de-semana no Alentejo, foi altura de regressar à capital, para mais uma semana de notícias. Ora como o autocarro expresso pára em Sete Rios ainda precisei de apanhar o Metro e, posteriormente, uma 'carreira' no Campo Grande para poder chegar a casa.
Quem, como eu, está habituado a circular diariamente em transportes públicos sabe que a disposição dos motoristas dos autocarros tem variações bruscas, passando do simpático sorriso a um mau-feitio insuportável: umas vezes é do trânsito, outras do berreiro dos passageiros... Mas a isto já me habituei. Quero lá saber que estejam mal-dispostos. Desde que me levem onde quero!
Desta vez, o que não estava à espera era que nem me dessem tempo para descer do autocarro. Perto da paragem onde queria descer, carreguei no botão para parar (que por sinal estava avariado e tive de ir à pressa carregar noutro) e dirigi-me à saída traseira do veículo afim de sair. O motorista não foi de modas: carrega no travão já mesmo em cima da paragem e abre as portas ainda em movimento. Vá lá não ter sido projectado para fora! Desci os dois degraus e quando estava a colocar o primeiro pé na rua, o motorista volta a dar-lhe no acelerador, sem esperar que eu saia! Mas está tudo louco? Por pouco não me derrubava e passava por cima com a roda de trás do autocarro! Nem sei porque travou na paragem! Mais valia ter só reduzido um pouco, abria uma janela e mandava-me fora! Ou, melhor ainda, continuava a acelerar (tipo 'Speed: Perigo a Alta Velocidade') e mandava-me pela janela sem se dar ao trabalho de a abrir! Muito mais divertido!
Se ele estava aborrecido, distraído ou, simplesmente, não foi com a minha cara, não sei. O que sei é que por pouco não causa um acidente, facilmente evitável, se esperasse mais uns 10 segundos parado!
Epá, se não gostam do trabalho e nem o sabem fazer, mais vale estarem quietos, para não prejudicar o resto da Humanidade...!
Não sabes que o nível de desemprego está cada vez maior... O senhor gostava de ter um emprego, mas o emprego dele dá trabalho, mas ele não gosta do trabalho, mas gosta da ideia de ter emprego porque lhe dá dinheiro ao final do mês, mas não gosta de trabalhar, mas gosta de dinheiro... enfim um ciclo vicioso
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