sábado, 12 de junho de 2010

Uma praga (no) Mundial

Saddam Maake. É este o nome do próximo alvo a abater. Poucos devem saber quem é este homem de 55 anos, habitante de Tembisa, na África do Sul, mas certamente que todos já sentiram os efeitos nefastos da sua invenção: a vuvuzela.

Pois é, este senhor diz ser o responsável pela criação desde horrível objecto que atormenta todos os que gostariam de ter paz e sossego enquanto assistem ao Mundial de futebol pelo ecrã da televisão da sala.

Maake diz que foi o primeiro a tocar este 'instrumento' quando ainda era criança, tendo a sua ideia sido "roubada" por um empresário anos mais tarde. Mas diz não querer qualquer remuneração pela invenção.

"As pessoas perguntam-me sobre dinheiro, não entendem que eu sou um escravo do futebol. Eu quero é ver as pessoas a divertirem-se, a tocarem a vuvuzela por aí."

Dar-lhe dinheiro? Ele é que devia dar dinheiro a quem é obrigado a ouvir aquele som irritante todos os dias. Esta praga que se propagou nível mundial!

Hoje - ou melhor, ontem, pois já passa da meia-noite (e bem) - enquanto tentava assistir ao jogo inaugural do Mundial quase não conseguia escutar os comentários do jogo. O som ensurdecedor deste estúpido objecto fazia-se ecoar de tal forma, como se fosse eminente a chegada de uma praga de gafanhotos!

Se a selecção egípcia se tivesse apurado para o Mundial, certamente que a deixaríamos de ver após o primeiro jogo.

"Que som é este pah?! Tu queres ver que vêem aí os israelitas com as pragas novamente?? Vamos sair daqui já antes que comecem a chover rãs ou que a água se transforme em sangue!"

Certamente que se no tempo de Moisés já existissem as vuvuzelas, Ramsés não teria esperado pelas restantes maldições para libertar os hebreus. Bastaria soprarem apenas uma vez...


Sem comentários:

Enviar um comentário